A família que chora e a família que vence no rodeio de Colorado
COLORADO, PARANÁ , 17/03/2016 – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Foi essa cena que vi do membro comissão Fernando Sichieri, quando saiu o primeiro cavalo pulando.
A arena que para nós do rodeio, já é considerada um solo sagrado, mas precisava mais uma vez das bênçãos do céu para começar mais um ano.
E foi na modalidade Cutiano que veio a primeira grande emoção. Quando o brete abriu com o animal ‘Catira’ da Cia Galego, Marco Antônio da Silva, de Palestina (SP), fazia tudo que um com cowboy como ele sabia fazer.
Das arquibancadas veio a reação de explosão, uma montaria diferente, já dava para saber pela reação do público que seria a melhor da noite. A nota chegou e o público vibrou mais uma vez, 90,00 pontos.
“É um animal que precisamos para ganhar um rodeio como este” Disse ‘Pio’ como é conhecido
Entrevista completa
LÁGRIMAS DE AMOR AO RODEIO
A sequência do rodeio veio com a abertura oficial e presenciei mais uma cena de bastires interessante.
Sr Adair Ignácio Ribeiro, o fundador e mentor deste rodeio, foi chamado ao centro da arena. Ao chegar no centro da arena o comentarista Rogério Paitl pediu que ele virasse para receber como presidente seu neto Marcelo Sichieri.
Neste momento, no escuro do fundo de brete, posicionado em frente a porteira, Marcelo se desmanchou em lágrimas, chorava e soluçava, seu pai, José Américo, o consolava segurando seu braço.
E a emoção tomava conta do jovem presidente de 26 anos, que com o rosto vermelho sorriu, ao ter sua idade anunciada errada no microfone: “Não judia mais de mim” disse Marcelo. Que na sequência entrou na arena. Mais tarde, após seu belo discurso foi aplaudido pelos presentes.
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MONTARIA EM FAMÍLIA
A história da melhor nota da noite na modalidade touros, começou muito antes de sequer ter um peão no brete.
Eram 18:10h, eu cansado estava na casa dos amigos Ronaldo e Rodrigo Lidon, lá estavam, ou melhor, estão alguns competires, entre ele Danilo Carlos Torres, de Tupã (SP).
Com ele seu filhinho Danilo Jr e sua esposa Carine. Danilinho brincava com seu boizinho de plástico. Logo ele saiu voltou com uma luva, colete e calça de couro.
Seu pai trajou o pequenino que logo começou a brincar de montar em touros. Foi quando perguntei sobre o touro que Danilo ia, e perguntei se era bom.
Com olhar sério e sem rodeios ele me disse: NÃO! Me retirei para ir ao rodeio e, lembrei de todas as apostas entre os profissionais para melhor nota da noite, Danilo hora nenhuma apareceu.
Enfim, quando chegou a vez de Danilo montar, lembrei de Danilinho e lembrei também de Carina que estava atrás de mim.
Enquanto Danilo se aprontava no brete, com o touro querendo não deixar ele montar, Carina tinha uma expressão de falta de fôlego e agonia.
Quando ele (Danilo) estava perto de soltar o touro, Carina segurou Danilinho que já estava dormindo contra seu peito com mais força.
Nos dois primeiros pulos Danilinho foi ainda mais apertado e, logo que montaria passou do estágio de perigo e começou a ser dominada por Danilo, Carina se levantou e começou a gritar.
Ao término o olhar de agonia deu lugar ao sorriso e uma sensação de alívio e, claro conversei com Danilo sobre esta questão familiar. Confira entrevista completa.
A Cia Marcelo Castro lidera o rodeio com a média 45, enquanto ‘Bipolar’ da Cia Paulo Emílio foi o melhor touro da noite com a nota 46,50 Pts
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