Bastidores: Conheço o lado missionário de Luciano de Castro
PRESIDENTE PRUDENTE, SÃO PAULO – 24/02/2016 – Todos sabem da minha rotina em cobertura de rodeio. Varo madrugadas, fico horas em frente ao computador e ao celular, hora postando, hora escrevendo, hora editando. Cansa muito e, assim estava eu no sábado de Luiziânia, cansado, sentado no sofá do Studio do Atlant’s Super Som.
Não sou adepto de jogos em celulares, mas estava jogando uma sinuca no Ipad. O Intuito era descansar a mente, e os pés para quando começasse o rodeio, eu estivesse com um pouco de energia.
Do nada, olho na escada da carreta, que leva ao segundo andar onde estávamos , Luciano de Castro. De camiseta e sem chapéu, quis entender porque ele estava ali.
Com o olhar de quem procurava alguém, Luciano se dirigiu até o DJ Mamute e pediu que abaixasse o som.
Nesse momento eu já entendi o que ele queria lá. De cara o instinto colunista de ser, já visualizou uma matéria.
Com o som baixo, ou melhor zerado, Luciano saiu correndo para o fundo dos bretes. Eu fui correndo atrás. Ao chegar lá, sem som, Luciano falou alto
– Pessoal, vamos reunir ali do outro lado, para fazer uma oração – Falou com voz forte.
Como se fosse uma ordem (mas não era) todos o obedeceram e foram até o local indicado, lá mesmo atrás dos bretes e debaixo do palco.
Luciano logo puxou a palavra e por uns três minutos fez uma oração, falando algumas frases de encorajamento e conforto aos amigos. Todos escutavam atentamente.
– Senhor, se alguém aqui entre nós estiver precisando de dinheiro, que o Senhor dê a vitória a ele – Proclamou em oração.
Depois da oração falada, veio a reza coletiva do pai nosso, na sequencia foi puxada por outras partes dos competidores, uma Ave Maria e por outra parte bem menor um Creio.
Para encerrar Luciano falou forte
– Se Deus é por Nós! Todos responderam – Quem será contra nós?
E assim terminou a oração. Vi essa cena se repetir várias vezes em Douradina e agora ali mais uma vez, sempre com Luciano de Castro puxando a fila.
Fui conversar com ele a respeito dessa sua função, que nem todos conhecem no rodeio.
Qual sua igreja, religião?
Sou cristão da igreja quadrangular.
Como surgiu essa questão de você ser um missionário das arenas?
Eu sempre frequentei igreja, sempre tive essa vontade de fazer uma oração de falar para as pessoas, mas tinha vergonha. Até que um dia em um rodeio na cidade de Figueirão (MS), me veio essa vontade eu fui lá reuni os competidores e fiz a minha primeira oração, desse então estou fazendo isso em todo rodeio.
O fato de você ser uma personalidade conhecida e reconhecida no rodeio em touros, ajuda ou atrapalha nessa missão?
Acredito que ajudar, o fundo dos bretes é sempre cercado de crianças, e acredito que isso seja também uma inspiração, já que as pessoas se espelham na gente. O importante também que eu não quero me aparecer. Só quero que Deus apareça na vida das pessoas, dos amigos. Não adianta tapar o sol com a peneira, e perigoso, é complicado montar em touro, e na oração tento levar uma palavra de conforto para os amigos, pois antes das montarias passamos muitos medos, sofremos muita pressão.
E como tem sido essa missão, conte algum fato já ocorrido?
São só glórias e bênçãos Eugênio, mas teve uma vez que ia começar e eu não tinha nada na cabeça para falar, nada deu um branco, mas pedi a Deus e foi uma das orações mais bonitas.
Ou seja, quando estiver em um rodeio de Luciano Castro está, e momentos antes do rodeio, você ouvir o som diminuir ou zerar, saberá que os competidores estarão em oração.
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