Brasil venceu Global Cup onde o regulamento amarrava as mãos do técnico Renato Nunes
O Brasil foi campeão do Mundo em equipes este último final de semana na Global Cup, da PBR, realizada em Arlington no Texas.
A Global Cup é uma nova versão da Copa do Mundo da PBR. A edição anterior teve quatro edições Austrália, México, Brasil e EUA. Com duas vitórias para Brasil e EUA.
A Global Cup começou no Canadá com vitória para os EUA, Austrália com vitória para o Brasil, e EUA agora esta semana com vitória brasileira novamente.
Sobre a continuidade deste tipo de competição, diferente das outras duas Global Cup, onde foram anunciados a próxima edição, desta vez não falaram onde será a próxima e se é, que vai ter próxima, mas o assunto hoje é outro.
POR QUE OS EUA TINHAM DOIS TIMES?
Muitos me perguntaram isso durante o final de semana, mas em razão dos meus compromissos em Douradina, não pude responder, e me fizeram outras perguntas que vou tentar responder agora.
A questão de dois times, faz parte do regulamento da Global Cup. Inventaram isso no Canadá e na Austrália para fortalecer o time da casa que, sabemos que Canadá, Austrália e México são tecnicamente inferiores ao Brasil e EUA.
Então, no Canadá e na Austrália eram dois times JUNTOS somando notas. No regulamento da Global Cup, ganha o time que tiver as doze melhores notas e, nessas duas edições eram dois times de Canadá e Austrália somando notas juntos e mesmo assim não conseguiram vencer em seus países.
A regra é sem sentido, pois, nos anos 90, a Venezuela tinha um time de futebol ridículo, que perdia de todo mundo de goleada nas eliminatórias para a COPA, quando a competição era na Venezuela, nunca colocaram dois times em campo. Então se o país não tem qualidade, não adianta inventar moda.
E eu sempre pensava, como seria essa regra quando chegasse, nos EUA ou no Brasil.
Lá nos EUA, a regra continuou com dois times, mas cada time somavam as notas individualmente. Sou da opinião que se começa uma coisa de um jeito, termina na mesma maneira.
Precisava ser dois times e, dessa maneira, cada time somando notas individuais, seria justo, como foi.
Então os EUA tinham como se fosse um time A (Eagles) e time B (Wolves), sendo assim equilibrou a Global Cup. Opa espera! Não foi bem assim, vamos para o próximo capitulo
A GLOBAL CUP NO EUA NÃO FOI MONTADA PARA O BRASIL GANHAR
Como vocês viram no tópico anterior, acertaram, na questão das duas equipes, mas erraram, vou assim definir no regulamento que inseriram para os demais países (Canadá, Brasil, Austrália e México)
Nem vou envolver México, Canadá e Austrália nesse raciocínio para não lhes confundir e tornar a explicação muito extensa.
No regulamento, os times do Brasil, Canadá, Austrália e México, precisavam ter os três melhores competidores do ranking nacional.
No caso do Brasil, os três melhores da PBR Brasil. Até aqui muito legal a ideia, uma oportunidade para os países levarem seus times, apresentaram seus talentos nacionais.
Mas e os EUA? Nada, continuava com seu time completo. ( Jess Lookwook, Cooper Davis, Cody Nance, Cody Teel, Dereck Kolbaba, Brennon Eldred, Chase Outlaw e J.B. Mauney
Quero que o leitor preste atenção no que eu vou dizer agora, para não interpretar errado o que vou dizer.
Existe uma diferença em um competidor QUALIFICADO e um competidor ADAPTADO NOS EUA.
A regra pegava três competidores QUALIFICADOS do Brasil, para se juntar ao time brasileiros. Porém, em tese seriam três competidores NÃO ADAPTADOS AOS EUA.
O que você está querendo dizer Eugênio? Simples a resposta! Dener Barbosa e Luciano de Castro, todos nós sabíamos que eram QUALIFICADOS/BONS, mas demoraram um tempo para se ADAPTAR AOS EUA.
Resumindo, a regra jogava três caras NÃO ADAPTADOS AOS EUA no nosso time, enquanto no time americano, carga máxima, caras que montam nestes touros toda semana.
Em primeiro plano os três brasileiros eram Fernando Henrique Novais, Bruno Scaranello e João Marcelo Santos. O Fernando já tinha uma ADAPTAÇÃO NOS EUA, ele já fez uma PBR Finals, os outros dois não.
Mais uma vez reforço meu raciocínio, todo competidor que termina uma PBR Brasil, Ekip Rozeta, Rancho Primavera, entre os cinco primeiros são bons, e podem montar em qualquer lugar, incluindo os EUA, mas não significa que o cara vai chegar lá e se ADPATAR rapidamente, como fez José Vitor Leme.
Com essa regra, o técnico brasileiro, Renato Nunes, teve que deixar de fora, caras ADAPTADOS AOS EUA, como Luciano de Castro, João Ricardo Vieira, Ramon de Lima, poderia citar uns dez aqui.
O rodeio é como no futebol, mesmo os daqui sendo bons, é mais fácil pegar os que estão no estrangeiro, pois estão mais ADPTADOS.
REFORÇO AMERICANO INESPERADO
Quando o time A (Eagles) estava montado, uma semana antes J. B. Mauney quebrou o pé e para surpresa de tudo e todos Sage Kimzey, pentacampeão mundial da PRCA foi convocado.
Uma convocação estranha, pois, embora ele tenha ganho a final do Velocity Tour em 2017 e ter feito a PBR Finals no mesmo ano, em 2018 ele disse não a PBR, não quis montar lá, no mesmo ano, ele foi convidado novamente para montar na final do Velocity Tour e disse não outra vez, mas curiosamente foi convocado. Porém, não havia ilegalidade na convocação de Kimzey, pois, mesmo não montando na PBR, ele tem o Cartão da PBR, então ele poderia ser convocado, mesmo sendo uma sacanagem com os outros americanos que estão na PBR todo o tempo. Inclusive muitos fãs da PBR questionaram a convocação, enquanto outros aplaudiram, pois seria um excelente reforço. Ou seja, um time americano com todos os integrantes adaptados e com mais esse reforço de peso, o melhor competidor da PRCA. Sage subsistiu Jess Lookwood que fraturou a clavícula e, venceu o touro que montou no round 02, ajudando inclusive o time americano a ficar a frente do Brasil por um momento no domingo, porém, existia algo que não estava no regulamento.
A REGRA NO PAPEL É UMA COISA, QUANDO ABRE A PORTEIRA É OUTRA
Antes mesmo da porteira abrir, o visto de João Marcelo Santos não saiu. Aqui não sei dizer se Renato Nunes, tinha direito a escolha, ou teve que pegar o quarto no ranking da PBR Brasil, que era João Ricardo Vieira, que foi convocado. Um ADAPTADO a mais no time.
Sei lá, não estou dizendo que, quem montou a regra teve essa intenção, mas no papel, no mínimo, limitava Renato Nunes de escolher caras mais acostumados com os touros.
Time montado: Kaique Pacheco, Marco Eguche, José Vitor Leme, Claudio Montanha, Eduardo Aparecido, Fernando Henrique, Bruno Scaranello, João Ricardo Vieira como reserva.
Ai entra o trabalho de Renato Nunes, e todos os competidores. Os competidores que entraram pelo Brasil, foram fundamentais para a conquista. Fernando Henrique e João Ricardo Vieira, venceram um touro cada. João substitui Kaique que sentiu o joelho, no round 01. E Bruno Scaranello, venceu os dois touros que montou.
Repito, não sei qual foi a intenção de quem montou a regra, se de fato, tinha essa intenção de tentar enfraquecer o Brasil. Dentro de uma lógica e no papel até que tentaram, não foi uma coincidência, quero acreditar, mas não consigo, porém, na prática meu amigo, existe uma regra básica que é OITO SEGUNDOS, vencemos um touro a mais do que eles e isso basta e que, não duvidem do talento brasileiro, AQUI É BRASIL PO##& RSS
Acabei não acompanhando muito a competição, e vocês já sabem de tudo, então foquei nessas informações extra arena. Esperam que tenham gostado! E claro parabéns ao time brasileiro. Perdemos uma Copa do Mundo para os EUA aqui, mas vencemos duas na casa deles e, isso é que movimenta o esporte.
E claro, nunca duvidei do time brasileiro, e da capacidade de nenhum competidor, mas tenho o direto de levar ao público esses detalhes técnicos, ou seja, em resumo, temos que comemorar mesmo, porque esta teve um gostinho especial.
BRASILEIROS NO ROUND 01
2 – Bruno Scaranello – 87,00 $6.000,00
10 – Fernando Henrique – 85,00 – $500
13 – Kaique Pacheco – 83,00
15 – Eduardo Aparecido – 82,00
16 – Marco Eguche – 79
BRASILEIROS NO ROUND 02 (Bônus, só dois se apresentam)
1 – José Vitor Leme – 90,00 $1.250,00
3 – Eduardo Aparecido – 88,00 $1.250,00
BRASILEIROS NO ROUND 03
1 – José Vitor Leme 89,00 – $15.000,00
9 – João Ricardo Vieira – 86,00 $1.100,00
17 – Eduardo Aparecido – 84,00
18 – Bruno Scaranello – 83,00
BRASILEIROS NO ROUND 04 (Bônus, só dois se apresentam)
José Vitor Leme e João Ricardo Vieira não venceram seus touros, assim como os americanos e o Brasil venceu por uma montaria a mais.
PREMIAÇÃO TOTAL
A equipe brasileira recebeu a quantia de $365 mil dólares a ser repartida entre os participantes