Em St Louis Kaique Pacheco terminou a etapa em segundo e foi o campeão?
Ás vezes quando você leu o título deste texto pode achar que eu exagerei no álcool no carnaval, mas não, estou aproveitando o feriado para trabalhar e claro, pude pelo menos assistir o último dias de montarias em St. Louis, válido pela BFTS/PBR, divisão de elite de montarias em touros.
E a notícia é essa mesmo, Kaique Pacheco, parou em três do quatro touros que montou, terminou em segundo lugar o evento e foi campeão.
O cowboy Stetson Lawrence, foi o único a parar em quatro touros, terminou a competição invicto, e foi o campeão, mas não levou a fivela, ficou em segundo.
Se você foi pulou o carnaval ontem e está lendo isso agora, imagino que está bem confuso.
Então, esse é o novo sistema de pontos PBR. Achávamos que havíamos o entendido por completo. Na verdade até tínhamos entendido, mas não que ele era tão radical assim.
Eu estou falando em nós, porque abrimos uma discussão ontem a noite por um grupo do whatssapp.
Embora fosse claro que os ‘bônus’ é quem mandam e não as notas, porém, para a maioria o campeão da etapa, era o campeão da etapa. Mas, na verdade não é.
Todos nós já havíamos notado que, ás vezes o a soma de notas de um competidor no final do evento, o deixava em quarto lugar e na classificação final ele estava em quinto ou sexto, ou as vezes em terceiro.
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Eu achava que embora fosse feita a classificação por ‘bônus’ e não por notas isso só era uma maneira de valorizar e classificar quem mais acumulou ‘bônus”, mas não era.
Em resumo se você for campeão de uma etapa, como Stetson Lawrence foi, mas não for o melhor nos rounds, recusar Ri-Rider como ele recusou, você pode ganhar e não levar a fivela, e foi o que aconteceu em St. Louis.
As notas e a soma delas só servem para distribuir os bônus e no final quem manda são eles, ‘Os Bônus’.
E foi assim que Kaique Pacheco fez. No primeiro round ele foi ao solo, não pontuou e muito mesmo marcou bônus.
Já no segundo round foi o primeiro (100) pontos. No terceiro round ele ficou em terceiro lugar (50) pontos. Ele venceu o round da final (100) pontos e terminou o rodeio na somatória de notas em segundo lugar (240) pontos.
Pegue a calculadora: 100 + 50 + 100 + 240 = 490
O pobre do Stetson Lawrence, no primeiro round foi o nono, ZERO BÔNUS (Lembrando que só até o quinto lugar no round tem bônus).
Já no segundo marcou apenas 68 pontos, recusou Ri-Rider, ZERO BÔNUS. No terceiro ficou em 14º, ZERO BÔNUS.
Chegou na final como o único invicto, e quando parou em ‘Percolator’ pensamos, é o campeão, na verdade até foi, o campeão moral. Voltando ao raciocínio dos pontos, ficou em terceiro lugar (50) pontos no round final. Como foi o campeão ganhou mais 400 pontos.
Pegando a calculadora de novo: 50 + 400 = 450 pontos.
Todo mundo achando justo a vitória de Kaique Pacheco aqui no Brasil. Agora eu pergunto: Se fosse o contrário? Seria tanto chororô nessas redes sociais que daria até medo. Calma não estou dizendo que foi injusto, Kaique não tem nada com isso, não foi ele que fez a regra, ele só a cumpriu.
Eu não consigo imaginar quem elaborou essas regras, não pensando em Silvano Alves, pois o que aconteceu com Lawrense, aconteceu várias vezes com Silvano, incluindo Las Vegas ano passado.
Mas, vamos defender quem montou a regra. Kaique quando conseguiu oito segundos, parou em bons touros, deu espetáculo, andou na frente, venceu dois rounds, escolheu um touro muito mais ‘pulador’ que o líder na final, etc, etc.
Vamos analisar o tradicional, o Lawrence parou em todos os touros, não caiu de nada. Simples assim. E já deu ‘conversinha’ nas redes sociais o bull rider canadense Ty Pozzobon disse: “É muito estranho você parar em quatro touros e outro que parou em três te vencer”
É justo, ou não, o novo sistema de pontos da PBR? Esqueça o nacionalismo e deixe seu comentário. Sei que muitos como eu não gostam de carnaval, vamos falar de rodeio nesse feriadão.
Photo by Bull Stock Media / Andy Watson
RESULTADO FINAL
Eugênio, boa tarde. Eu acredito que na elaboração de regras para um campeonato exista a partipação e votação de diretores e participantes, provavelmente isto deva ter acontecido, se aconteceu e todos aprovaram, está valendo, agora se realmente foi imposto, os diretores estão procurando valorizar cowboys que arriscam tudo numa montaria e ai é 0 ou 100 no caso, e neste 0 ou 100 um competidor pode se recuperar mesmo tendo caido de um touro, o tempo vai dizer, mas com certeza podemos ter surprezas no próximo campeão mundial.