ENTREVISTA RETRO #01
Na retrospectiva das entrevistas encontrei aqui uma entrevista feita com o locutor oficial da PBR Rafael Vilella, na oportunidade foi uma entrevista feita para a inauguração do seu site.
Conhecido como locutor completo, Rafael Vilella nos conta “completinho” sua trajetória, conquistas, em uma entrevista exclusiva a você leitor desta coluna.
Rafael gostaria que você contasse aos leitores como foi a sua infância.
Bom Eugênio fui sempre ligado a fazendas e freqüentava feiras agropecuárias. Meu pai era produtor de gado de leite e de corte. Dessa forma, estava presente em leilões e exposições. Mais tarde fui competidor das provas de laço em bezerro e laço em dupla na região do Vale do Paraíba.
Quando Rafael Vilella não é locutor, o que ele faz?
Sou pecuarista.
Depois do rodeio qual seu esporte favorito?
Formula 1, adoro assistir.
O que gosta de fazer para passar o tempo?
Montar a cavalo.
Existe algo que tem prazer em fazer?
Ficar com meu filho e com minha esposa.
O que não faria de jeito algum?
Prejudicar alguém para ter sucesso.
Um grande nome no rodeio?
Adriano Moraes, exemplo dentro e fora das arenas.
O que falta para você conquistar?
Procuro conquistar o dia de hoje, e ser feliz a cada dia com as pessoas que gostam do meu trabalho e gostam de min.
De onde surgiu o interesse pela locução?
Literalmente começou de uma brincadeira. Houve uma gincana na escola onde estudava e, uma das provas era imitar um narrador esportivo, eu imitei um locutor de rodeio e conseguimos ganhar. Depois, peguei gosto e andei narrando em alguns rodeios pequenos na região. Em 1995 me credenciei como Leiloeiro rural na FAESP (Federação da Agricultura do Estado de São Paulo). Nesta época as provas começavam a entrar nos grandes rodeios do país e tive a oportunidade de entrar nestes eventos.
Qual foi a principal dificuldade?
Oportunidade, por outro lado entendo que é difícil para um presidente de festa dar um microfone na mão de alguém que ele não conheça. Eu considero o microfone algo perigoso se usado de forma inadequada.
Consegue recordar quando e onde foi seu primeiro rodeio?
Foi por volta de 1993, em Pindamonhangaba/SP, com a Cia João de Sousa tropeiro de minha região na época.
Como foi a aceitação de sua família, quando você iniciou como locutor de rodeio?
Sempre tive o apoio de meu pai, mesmo ele preferindo que eu fosse leiloeiro. Porém, creio que a paixão por rodeio falou mais forte.
Como foi recepção do mundo do rodeio.
Muito boa, no rodeio tem muitas pessoas boas onde consegui grandes neste tempo.
Qual rodeio ou narração foi marcante para você?
Acredito que todos os rodeios são especiais. Mas, a minha primeira “grande” oportunidade foi em Jaguariúna em 1995. Fora do país, quando narrei nos EUA em 2000 for marcante. Assim como foi a primeira vez na minha cidade em 2006 e a final de Barretos em 2008, entre tantos bons rodeio e momentos, esses são os que eu destaco.
Aproveitando o gancho que deixou de Barretos. Lá você narrou a etapa da PBR, na final e, e ainda no último bloco, de onde sempre sai o campeão. Na segunda-feira o Brasil inteiro ouviu sua voz narrando a montaria do Leonil Soares. Foi a primeira vez que você narrou a final de Barretos nas montarias? Você esperava ser rápido assim? Como foi a sensação?
Eugênio, durante toda minha vida, sempre procurei fazer tudo correto, e naturalmente as coisas foram acontecendo. Eu narro provas em Barretos desde 1995. E venho me preparando para este momento desde 2003, quando iniciei narrando as montarias. Então na verdade demorou um bom tempo, não foi tão rápido assim. Mas como eu disse acima, foi especial, boas montarias e por fim a vitoria emocionante do Leonil Soares.
Muitas pessoas lhe intitulam no rodeio como um locutor de provas, mas, no dia-a-dia sabemos que não é bem assim, você também gosta de narrar montarias. Como você lida com isso?
Pois é, na verdade comecei com montarias, e narrei provas para ter oportunidade no rodeio RS. Foi difícil tirar este “rotulo”, até hoje algumas pessoas insistem que sou locutor de provas. O que poucos sabem é que, Zé do Prato narrou provas, Asa Branca, Barra mansa e acabam menosprezando como se isso não fosse importante. O que eu fiz, foi colocar meu estilo das provas no rodeio, e tem dado certo graças a Deus, e assim nasceu o rotulo: “Locutor Completo”.
Qual sensação de narrar rodeio nos EUA, que linguagem você usa?
Narro em português. Os rodeios são organizados pela Joana Bueno, uma brasileira de garra, que faz uma festa maravilhosa para a comunidade brasileira no sul da Florida. É muito gratificante levar para aquele público, que tem saudades do Brasil, um pouquinho de nossas tradições. Sem dúvida é “deferente”. RS.
Como foi narrar uma etapa da PRCA? O mais antigo e tradicional circuito Americano?
Quando a Joana me disse que era PRCA, eu me emocionei. Sou apaixonado por este esporte, e poder narrar uma etapa da PRCA, era uma conquista a mais e fiquei orgulhoso disto. Outro fato que marcou minha trajetória, foi narrar uma etapa da Enterprise Tour pela PBR nos EUA em janeiro de 2009, sendo o primeiro locutor Brasileiro a narrar uma etapa da PBR nos EUA.
Como surgiu a oportunidade de narrar/apresentar o programa da PBR na TV? Conte-nos mais esta experiência.
Fui convidado para apresentar um programa no Canal Rural, mas não sabia do que se tratava. Quando cheguei para a primeira reunião, vi que se tratava de um evento da PBR. Foi a realização de uma sonho. Acompanho a PBR desde 1994 como telespectador e, de repente surgi um convite destes, com o aval do Flávio Junqueira, André Metzker e Valdomiro Polizelli, fiquei muito feliz. Por outro lado era uma responsabilidade muito grande, mas, tudo foi acontecendo e a cada gravação fui aprendendo e pegando o jeito da coisa, ainda estou neste processo tudo é novo para mim, mas é uma experiência incrível.
Rafael muito obrigado por me atender e levar um pouco de sua intimidade e historia aos leitores desta coluna.
Eugênio, eu que agradeço a oportunidade e gostaria de agradecer os seus leitores, e também as pessoas que acreditam e gostam do meu trabalho. Quero aqui fazer um convite aos freqüentadores da coluna do Eugênio e ao público do rodeio a visitar meu novo site desenvolvido pelo André Silva: www.rafaelvilella.com.br. Um abraço a todos e fique com Deus.
Por Eugênio José dos Santos – contato@eugeniojose.com.br
Foto: Alison Prodlik – Jaguariúna 2010
Patrocínio Marcar Rodeio www.marcarrodeio.com.br