ENTREVISTAS RETRO #04 LEANDRO MATTOS
Entrevista feita com Leandro Mattos em fevereiro de 2006 no 1º Seminários de regras da PBR com Adriano Moraes. Esta entrevista foi publicar dia 04 de abril de 2006 no meu antigo blog http://cowboy.zip.net Obs: foram mantidas as informações da época, hoje Leandro Mattos é um dos juízes da PBR.
Nascido e criado em Brotas interior de São Paulo, esse apreciador de um bom prato de arroz, feijão e bife, Santista, filho do Sr.Juca e da Dona Lena Mattos, Leandro Mattos com 29 anos de idade, não teve uma infância fácil ao lado de seus irmãos Luciano (que compete prova de laço de bezerro) e Liliane. Leandro trabalhava como servente de pedreiro, desde os 12 anos de idade, porém, sempre manteve contado com animais.
Hoje Leandro é um competidor de touros Mundialmente reconhecido, ocupa a 32ª posição no Ranking de pontos da PBR e a 24ª posição no ranking de dólares ganhos, este último é que classifica para a Final Mundial em Las Vegas, esse ano ele foi 2º na cidade de Sacramento na Califórnia e 3º em Phoeniz no Arizona. Enquanto Adriano Moraes ministrava o curso para juízes em São José do Rio Preto, tive o prazer de conhecer e entrevistar esse simpático competidor.
Com quantos anos você começou a montar?
Com 15 anos, comecei a montar em porcos, carneiros, jegue, até a chegar nos touros.rsss
Seu primeiro rodeio, onde foi?
Rodeio amador de Torrinha, eu tinha 17 anos.
Carros e motos? Já ganhou algum?
Já ganhei 2 carros e 19 motos.
Quando, e como você foi para os EUA?
Em 1999 fui visitar, em 2001 eu fui definitivamente, mas, mesmo assim vinha muitas vezes para cá, ano passado fiquei de janeiro a dezembro lá, e este ano também estou direto lá.
Bom, o que você faz aqui no Brasil? E o que aconteceu com essa sua mão que está engessada?
Cai de um touro em Kansas City, dei um murro na porteira e está ai o resultado. Quatro semanas de molho.
Você é casado?
Não, mas tenho um filho, Diogo de um ano e oito meses.
Qual a maior dificuldade de viver fora do país?
Saudade da família e dos amigos
Sabe aquela montaria que o peão desce do touro e diz: “essa foi boa”. Você tem alguma dessas?
Sim, na cidade de Amarilo ano passado, montei um touro por nome de “Big Show” ele era famoso e eu não sabia, parei nele tirei 85 pontos e só depois me falaram da fama dele.
E aquela montaria que o peão não gosta nem de lembrar, se fosse possível ele apagaria da memória. Tem alguma?
Nossa, em Bomer, o touro caiu por cima de mim estourou minhas duas virilhas e minha coluna. Foi praticamente um milagre, pois, a medicina considerava a paralisia como certa.
Bom, falando em milagre, qual sua religião?
Católico
Atualmente temos dezenas de Brasileiros no EUA. Isso incentiva?
Sim, é um pedaço da família da gente que está lá, e reflete na melhoria na imagem do competidor Brasileiro para o Mundo.
E a PBR no Brasil?
Vai melhorar e imagem do competidor, levando ao público o valor que o peão realmente merece.
Como é essa valorização nos EUA?
Lá a gente se sente como um artista, o peão lá é a mesma coisa que um jogador de futebol ou um cantor sertanejo no Brasil, é assim que somos tratados lá. Já dei autógrafos nas costas dos fãs, na cabeça, na mão, somos chamados pelo nome, é uma loucura.
Onde, e com quem você mora nos EUA?
Moro em Gainesvil no estado do Texas. Moro com o Rogério Pereira, Silvanei Carvalho, Vinicius Pilão e um Americano D. J. Willer.
Em algum momento você se sentiu discriminados pelos peões de lá, ou até mesmo pelos Juizes?
Não lá somos tratados de igual para igual pelos peões e também pelos juizes em suas avaliações.
Qual seu sonho ou projeto dentro do rodeio?
Bom um eu já realizei, que é estar no Top 45 (primeira divisão da PBR), e o outro é montar na Final Mundial em Las Vegas.
Leandro Mattos
Por Eugênio José – contato@eugeniojose.com.br
Patrocínio Marcar Rodeio – www.marcarrodeio.com.br
Foto: André Silva