Líder do Mundial de Laço Individual Marcos Costa fala sobre a sua terceira NFR
O mês de dezembro é a celebração mundial do rodeio completo com a realização da NFR – National Finals Rodeo em Las Vegas entre os dias 07 e 16 de dezembro.
A final mundial da PRCA – Professional Rodeo Cowboys Association, mais uma vez teremos uma representante na modalidade Laço Individual, Marcos Costa de Iretama (PR), atual vice-campeão mundial pela PRCA.
Marcos recentemente conquistou seu segundo título mundial pela AQHA e foi neste dia que conversei com ele sobre sua carreira
A temporada 2018 da PRCA já começou. (A temporada regular da PRCA se encerra em setembro), mesmo antes da temporada 2017 ter acabado, Marcos é líder da temporada 2018 na modalidade Laço Individual.
Na temporada 2017 chega a Las Vegas na quarta posição. Matematicamente tudo é possível em Las Vegas, afinal o ranking da PRCA é somente em dólares ganhos, e dólares é o que não falta na NFR, são $10.000.0000,00 milhões de dólares em prêmios distribuídos para todas as modalidades.
Hoje Marcos Costa é um dos principais nomes da modalidade, compete nos principais eventos dentro e fora da PRCA. Como Houston, The American, Calgary, AQHA, entre tantos outros, e dentro de sua corrida rotina nos concedeu uma entrevista.
Marcos Costa na NFR 2016
Comparando com o mesmo período do ano passado, como está sua preparação? Como está seu animal para a NFR?
Nunca fui para uma competição despreparado, mas é difícil você desenvolver um cronograma, uma técnica para essa ou aquela competição. Precisamos começar a competição e entrar no ritmo dela.
Ano passado na NFR estava com uma égua nova, quando você tem um animal novo, as vezes as coisas fogem do controle.
Acredito que em 2017 na final será um ano melhor, não é nada novo para mim e para minha égua, são dez dias de competição há tempo para muita coisa e, espero poder fazer uma boa NFR
Você ficou muito perto do título em 2016 faltando aproximadamente três mil dólares para o título. Como foi essa sensação?
A gente aprende com vitórias e com erros, eu aprendo mais com os erros. Para ser sincero, eu lembro os rodeios que perdi e não lembro todos os que ganhei.
Não consegui a fivela de campeão do mundo naquela oportunidade, mas foi um aprendizado muito interessante, e as vezes os aprendizados, nos doem um pouco, como doeu não conseguir o título que esteve muito próximo, mas foi aprendizado, e isso nos edifica.
Me conte da experiência de convivência com a Keyla Polizello agora como sua companheira aí nos EUA?
Foi algo muito positivo, era difícil para a gente conviver longe, agora é minha companheira em todas as competições.
Uso minha experiência aqui para poder dar o suporte que ela precisa, pois, a vida aqui para quem está começando do zero não é fácil, nos três tambores é muito mais complicado.
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Por outro lado, a convivência com ela todos os dias foi algo muito bom para mim, estamos curtindo essa nova fase, juntos e, competindo juntos.
Keyla e Marcos nos EUA
Você esperar chegar onde chegou, ter o nome e o respeito como um dos melhores do mundo na modalidade Laço Individual?
Sempre trabalhei duro, sou simples, de família simples. Nunca passei por cima de ninguém. Alguns conhecem minha história, outros não.
Aprendi que com trabalho você vai longe, claro que não imaginava ir tão longe, mas trabalhei para isso.
O meu sonho era laçar em Campo Mourão (PR), uma prova que ficava de 60 km de minha casa, Iretama (PR).
Deus me capacitou, abençoou e me protegeu para que eu chegasse do outro lado do mundo, continuou o mesmo garoto de quinze anos que deixou a mãe chorando quando sai de casa.
Hoje (dia da entrevista) conquistei meu segundo título mundial pela AQUA, onde estão os melhores treinadores de cavalos do mundo, estou indo para minha terceira NFR, e continuo o mesmo.
Trabalhei duro para chegar aqui e agradeço a Deus e todos os amigos que contribuíram para que isso acontecesse.
O mais importante que os títulos que ganhei, foram as benções que Deus derramou na minha vida, sou um cara abençoado.
Se Deus permitir quero ir mais longe. (Uma pausa no áudio, Marcos respirou fundo). Me emociono em lembrar o longo caminho que percorri.
Resumindo, não imaginava chegar onde cheguei, acredito também que foi Deus que me trouxe.
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