Pai acompanha de perto trabalho do filho em todos os rodeios
RIO VERDE, GOIÁS – O trigésimo nono competidor a se apresentar na noite de sexta-feira em Rio Verde, tinha um acompanhante especial: Seu pai.
Não se tratava de uma visita, ou talvez você imagine que esta presença no fundo dos bretes se deu em razão de Rio Verde ser um dos melhores rodeios do Brasil. Não!
Everaldo Xavier de Oliveira, 40 anos, pais de dois filhos, acompanha seu filho mais velho todos os rodeios. O filho é ninguém menos que Kaique Pacheco, de Itatiba (SP), atual revelação da PBR Brasil, atualmente ele monta nos EUA.
Aos 19 anos, o competidor de pouca fala e corpo franzino, é respeitado por todos. Inclusive, sua montaria, contra o touro ‘Baleado’ da Cia Paulo Emílio, era uma das mais esperadas da noite.
Não deu certo. Tive que observar a montaria com mais detalhe, e claro, para seu pai, que é empresário do ramo de Tubos de Concreto, que deixa a empresa na mão dos funcionários para ficar perto do filho.
Ao abrir a porteira, já percebi que Kaique saiu atrasado, deu o braço para o touro, uma expressão usada quando o competidor mede força com o animal por estar fora de posição.
O touro começou a rodar e Kaique perdeu o contato da espora esquerda e foi ao chão, pra surpresa de todos, rapidamente.
Olhei para os bretes. A expressão do Sr. Everaldo era séria. Logo ele virou para um competidor e fez o gesto do que falei acima, que o filho tinha dado o braço para o touro puxar.
“Eu sempre chamo a atenção dele quando preciso” Explicou.
Sobre como o filho chegou ás arenas, a resposta foi simples. “Eu era peão, meu pai era peão, foi algo natural e que faz muito meu gosto” disse
Bom se você era peão, então já está acostumado com a pressão, não sente medo? Perguntei com ar de pirraça, já sabendo a resposta.
“Eu passo muito mais medo agora do que quanto eu montava, a pressão era totalmente diferente, eu fico muito mais nervoso” Confessou.
Eraldo contou do esforço que fez para o filho não deixar de estudar, hoje Kaique é técnico em Agropecuária.
“Eu cheguei a andar 300 km para levar ele ao rodeio na quinta, voltar, para ele estar na aula sexta-feira e retornar a noite de novo” Finalizou.
Como faz com seu filho nos EUA? Lembrei no final da entrevista. “Fico totalmente inquieto, enquanto não chega uma mensagem pelo celular não fico quieto, mas em breve quero estar lá” Confessou.
Seu Pai e Jatao pai do Ulisses faziam muito bem este coach, faltavam pular dentro das arenas e olha que as vezes o Jatao até pulava!!!