RETRO 2010 #4 RENATO NUNES CAMPEÃO MUNDIAL DA PBR
Com a graça de Deus, acompanhei mais uma PBR World Finals. Verdade seja dita, longe de Las Vegas, mas, perto de meu Notebook, de onde saíram e entraram muitas informações nos últimos dias. Agradeço a Freedom Country de Marília/SP (www.freedomcountry) que me patrocinou, e incentivou para passar todas essas noticias para meu site diariamente. Além de noticias, estatísticas, fatos e combinações de resultados em longas madrugadas de contas e expectativa que fizeram parte da minha rotina.
O prazer disso tudo, foi a interação dos fãs de rodeio no Twitter, Face Book, Orkut, etc. Sempre interessados e participativos, absorveram tudo o que era inserido no site, ou nas redes sociais. Torci muito, porém, sempre mantendo a posição de matemático, e crítico, acompanhei montaria a montaria, (só vendo resultados, não assisti), e sempre calculando e combinando resultados. Para isso sacrifiquei sono, passeios, laser, família, mas, sei que valeu a pena. Acho que se fosse para me auto avaliar eu me classificaria como: “Louco por noticias”.
BRASIL CONSQUISTA SEXTO TÍTULO MUNDIAL NA PBR
O brasileiro Renato Nunes da paulista cidade de Buritama, recuperou tudo o que tinha perdido nas últimas etapas, e se sagrou campeão mundial pela PBR neste domingo (24) e ainda faturou o título de campeão da etapa de Las Vegas. Além de conquistar o hexa campeonato mundial da PBR para o Brasil. Foi uma final literalmente dominada pelos Brasileiros e o grande líder foi Renato. Se você não entendeu o porquê da palavra recuperou, vou reavivar ou contar alguns fatos agora.
Claro que, a notícia de que Renato Nunes foi o grande campeão Mundial da PBR, boa parte do mundo sertanejo ou country amante do rodeio já sabe. Foi uma final de temporada feliz. Mas, se voltarmos um pouco no tempo ou nas etapas, a desempenho de Renato na PBR World Finals não retrata o que ele viveu nos cinco últimos eventos.
A CAMPAINHA
Renato Nunes fazia uma boa temporada, liderava, e já era candidato ao título. Havia ganhado três eventos: Fresno na Califórnia, que foi a 12ª etapa e depois duas etapas seguidas (Pueblo e Tulsa) na 20ª e 21ª etapas.
Na 26ª etapa em Greenville, um fato mudaria a história de sucesso e sossego de Renato. Indignado com a desclassificação de dois amigos brasileiros na etapa (Silvano e Valdiron), Renato estava assistindo ao rodeio quando viu apelo em uma montaria de Ryan McConnel, prontamente apertou o botão que existe na PBR para os competidores revisarem e/ou contestarem uma montaria/nota. Esse botão é usado na maioria das vezes para revisar tempo, e sempre pelo competidor em ação. Nesse caso, a maneira que Renato usou, já foi inusitada, e pior ainda que, os juízes atenderam ao pedido de Renato e desclassificaram Ryan McConnel. Uma decisão inédita que gerou confusão discussão e “quase” briga. Claro que resultou em mudanças que acabaram favorecendo o juiz brasileiro Paulo Crimber que julgou as finais em Las Vegas. Uma vitória brasileira literalmente com o “dedo” de Renato.
SEQÜÊNCIA SEM SUCESSO
Passado o caso da campainha, a PBR este ano lançou um bônus chamado “Final Five Showdown Events”. Em resumo da 27ª até a 31ª todos os dez primeiros colocados do ranking montariam em um touro extra. O melhor de cada montaria recebia 200 pontos de bônus + nota, tudo isso valendo para o ranking. A título de comparação, um campeão de uma etapa ganha 300 pontos + notas.
Seria à hora de Renato, como costumamos dizer aqui no Brasil, “ir à forra”, mas, acreditem, parece que a “praga da campainha” de Greenville, acabou com a paz de Renato. Seu melhor resultado nestas etapas foi um 15º lugar em Charlottesville. Das montarias bônus que participou, não ganhou sequer “um pontinho”. Em contrapartida, todos os outros, competidores pontuaram: Guilherme, Valdiron, J.B. e principalmente Austin. Renato chegou à final em Las Vegas na terceira posição, e um retrospecto de cinco etapas sem rendimento algum.
RECUPERAÇÃO DE CAMPEÃO
Começou a PBR Finals e não se falava em outro, ou outros nomes a não ser J.B. Mauney e Austin Meier. No site da PBR no primeiro dia de disputa, o foco era somente nesses dois. Ninguém esperava, ou imaginava é que, Renato precisava exatamente disso: tranqüilidade para trabalhar. Enquanto o foco e pressão estavam com Austin e J.B. Renato foi correndo por fora.
Desde o primeiro dia, no primeiro panorama, nas simulações de minha inseparável planilha, o resultado sempre era o mesmo. Quem acompanhou minhas matérias diárias, no meu site (www.eugeniojose.com.br) no final de todos os textos eu falava: “Se terminasse hoje Renato seria campeão”.
Ele foi assim, conquistando round-a-round, a cada segundo, tudo aquilo que perdeu nas últimas etapas, montando como um campeão e recebendo por isso uma fivela e um milhão de dólares por ser o melhor do mundo. Seus números e apresentações foram incontestáveis, nos quatro primeiros rounds sua nota média foi 89 pontos. Ousado, focado, e tranqüilo.
Nem precisou chegar ao Short GO (final) para sabermos que ele (Renato) seria campeão, após a queda de Austin e Valdiron, não havia naquele momento nenhuma matemática que tiraria dele o título Mundial. Dos quinze competidores que entraram na final (Short Go), só um (Dustin) poderia ultrapassá-lo e mesmo assim, teria que marcar 92 pontos. Nem precisou, Dustin caiu e mais um título antecipado(Etapa de Las Vegas), e mais $250 mil dólares no bolso.
Foi uma final linda, brasileira, se os americanos fizeram festa em Barretos em 2009, em 2010 sambamos duas vezes em Las Vegas – pausa – Esse não foi este o primeiro título mundial de Renato este ano, ele já havia sido campeão pelo Brasil na Copa do Mundo da PBR em Las Vegas em Abril. – Voltando – Foi uma final literalmente brasileira, que além das conquistas de Renato deu a Silvano Alves o prêmio de Rookie Of The Year e colocou seis brasileiros entre os oito primeiros colocados. Parabéns competidores brasileiros vocês são nosso orgulho.
Esta matéria tem o apoio de Freedom Country a marca que vestiu os competidores da Copa do Mundo da PBR em Barretos. Acessem www.freedomcountry.com.br
Photo By PBRNow.com
Por Eugênio José dos Santos – contato@eugeniojose.com.br