Para unificar regras de julgamento e fortalecer o esporte rodeio a CNAR se reuniu com juízes de rodeio.
Quando nosso rodeio brasileiro ganhou o território nacional em meados dos anos 90, o julgamento era algo muito simples para o entendimento e também para a execução dos juízes.
Embora a dinâmica de 50% da nota destinada ao desempenho do animal e os outros 50% ao competidor sobre as dificuldades do animal fosse a mesma de hoje, era tudo aplicado de forma muito pratica e resumida.
Um juiz dava uma nota cheia, sem fração, ou apuração de diversos quesitos. A nota era 80, 81, 75, não importa era cheia e sem meio ponto.
Logo vieram o julgamento com dois juízes, mesmo assim, era nota cheia de 0 a 50 pontos para cada um dar e, se somavam as duas.
A evolução do julgamento não parou, lá nos EUA, no início dos anos 90, já se dava o meio ponto e as regras estavam todas voltadas e fundamentadas da PRCA – Professional Rodeo Cowboys Association.
Em 1994 surgiu a PBR – Professional Bull Riders, e com ela, além de um novo legado para a montaria em touros, e um novo legado para as regras do rodeio em touros.
Em 2006 a PBR implantou a fração na nota: 0,25 0,75 se tornando o julgamento mais complexo e detalhado com a intenção de melhorar e termos uma nota mais justa quando as montarias eram muito próximas.
Juntando a tudo isso veio as disputas de melhores touros e boiadas. Cinco critérios foram adicionados para avaliar um touro: intensidade, pulo, giro, coice e grau de dificuldade.
No Brasil todo mundo de uma maneira direta ou indireta, pelo menos na montaria em touro, seguiram os critérios da PBR, porém não de forma unânime, meio que cada um seguiu de sua maneira e, regras.
O resultado de tanto apuramento no julgamento e tantos rodeios, campeonatos, acontecendo no Brasil, em várias regiões, e estados, é que o sem medo de errar, o julgamento no Brasil ficou desigual.
A nota noventa que vale aqui não vale lá. O touro que é 45 aqui, lá é 43, e assim vai.
Uma das necessidades técnicas para melhoramento esportivo no rodeio hoje no Brasil seria uma padronização a nível nacional do julgamento. Hoje totalmente fora de um padrão.
E foi esse passo que a CNAR – Confederação Nacional de Rodeio tomou. Cerca de um mês atrás na cidade de Barretos.
Os diretores da Coordenadoria Executiva da CNAR, Jerônimo Muzetti e Flávio Junqueira, se reuniram com diversos juízes atuantes em vários campeonatos, juízes da nova e velha geração, profissionais.
– Essa diretoria representa os juízes perante a CNAR. Eles vão ajudar a padronizar as regras da CNAR para depois a CNAR submetê-la aos diversos campeonatos, competidores e tropeiros – Explica Flávio Junqueira.
Para a modalidade cavalos estilo Cutiano as regras serão fundamentadas nas regras utilizadas na Copa Panther Rozeta, único campeonato da modalidade hoje no Brasil.
Esta diretoria, corpo de juízes serão renovados anualmente e fazem parte desta diretoria, profissionais atuantes nos mais diversos campeonatos e principais rodeios do Brasil e estão divididos em duas frentes:
Rodeio em touros, representados por: Leandro Matos, Marcelo Pereira, Welligton Nunes Barbosa, Rubinho Gouveia, Paulo Chagas, Ailton Bernardo de Lima (boy), Rogerio Pereira, Rafael da Silva Moura e Adriano Brosco.
Para modalidade Cutiano: Tião Procópio, Romildo Monteiro, Leonardo Camargo, Adriano Brosco, Marcelo Araujo.
Bruno Moraes será o secretário da diretoria de juízes.
Saiba mais: www.cnar.org.br
Foto: Reprodução CNAR